O Supremo Tribunal Federal (STF) começa, na quarta-feira (1º), o julgamento que pode definir o futuro da relação de trabalho entre motoristas e entregadores de aplicativos e as plataformas digitais, como Uber e Rappi. O tema, conhecido como “uberização”, discute a possibilidade de reconhecimento de vínculo empregatício entre os trabalhadores e as empresas de tecnologia.

Atualmente, cerca de 10 mil processos trabalhistas estão paralisados em todo o país, aguardando o desfecho da Corte.

O que será analisado

Os ministros vão julgar dois recursos apresentados por plataformas digitais contra decisões da Justiça do Trabalho que reconheceram o vínculo de emprego. Os processos têm como relatores os ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

Argumentos das empresas

  • Rappi: afirma que decisões da Justiça do Trabalho contrariaram entendimento anterior do próprio STF de que não existe relação formal de emprego com os entregadores.
  • Uber: sustenta que é empresa de tecnologia, não de transporte, e que reconhecer vínculo trabalhista descaracteriza o modelo de negócios, comprometendo a livre iniciativa.

Impacto para os trabalhadores

Entidades que representam motoristas e entregadores defendem que o reconhecimento de direitos trabalhistas é essencial diante da nova realidade das plataformas. A decisão do STF poderá criar um marco regulatório para o setor e impactar milhares de trabalhadores em todo o Brasil.

Mudança no comando do STF

O julgamento será o primeiro sob a presidência do ministro Edson Fachin, que assume o cargo na segunda-feira (29), sucedendo o ministro Luís Roberto Barroso, que encerra seu mandato.

A definição do STF será decisiva para estabelecer parâmetros jurídicos sobre as relações de trabalho na economia de aplicativos, influenciando empresas, trabalhadores e o mercado de tecnologia em todo o país.

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