As mais recentes diretrizes internacionais para controle do colesterol trouxeram mudanças significativas nas metas ideais de LDL — conhecido como “colesterol ruim” — voltadas à prevenção de doenças cardiovasculares, como infarto e AVC.
Os especialistas responsáveis pela atualização tornaram os limites mais rigorosos e incluíram uma nova classificação: a de risco extremo, destinada a pacientes com maior vulnerabilidade, cuja meta é manter o LDL abaixo de 40 mg/dL.
Novas metas de LDL conforme o nível de risco
- Baixo risco: abaixo de 115 mg/dL (antes era <130 mg/dL)
- Intermediário: abaixo de 100 mg/dL (mantido)
- Alto risco: abaixo de 70 mg/dL (mantido)
- Muito alto risco: abaixo de 50 mg/dL (antes era <70 mg/dL)
- Extremo risco: abaixo de 40 mg/dL (nova categoria)
O colesterol total também teve ajuste: o valor ideal passou a ser abaixo de 190 mg/dL.
Entre crianças e adolescentes, recomenda-se colesterol total menor que 150 mg/dL e LDL abaixo de 110 mg/dL.
Importância da Lipoproteína(a)
As novas orientações reforçam que todos devem medir ao menos uma vez na vida a Lipoproteína(a), ou Lp(a).
Níveis elevados dessa substância podem indicar risco genético aumentado para doenças do coração, mesmo em pessoas com colesterol controlado.
Atenção individualizada é essencial
Cardiologistas alertam que as metas de colesterol devem ser definidas individualmente, levando em conta fatores como histórico familiar, presença de diabetes, obesidade ou hipertensão.
A avaliação médica continua sendo o melhor caminho para prevenção e tratamento eficaz das doenças cardiovasculares.
Fonte: Diretrizes internacionais de controle de colesterol — Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) / Sociedade Europeia de Aterosclerose (EAS), 2025.